Nome de pessoas e vários nomes usados para identificar o povo de Deus
Para os Semitas, os nomes próprios significavam a vocação que a pessoa havia recebido de Deus ou alguma intervenção de Deus na vida da pessoa, como mudança de profissão ou nascimento providencial. Vamos observar alguns exemplos: Isaac quer dizer “aquele que ri” porque quando o anjo de Deus disse que Ele iria dar um filho para Abraão e como Sara tinha mais de 100 anos, então eles riram diante da situação e da dificuldade humana de acreditar no impossível. Moisés, nome dado devido a criança ter sido encontrada em uma cesta flutuando no rio Nilo, quer dizer: tirado da água. Malaquias: quer dizer meu mensageiro. Jesus quer dizer: Javé é a Salvação, etc.
Quando alguém mudava de profissão por intervenção divina, mudava o nome, e em geral, o novo nome significava a nova missão recebida por Deus. Exemplo: Abrão significava pai elevado, mas quando Deus o chamou para dar origem ao seu povo, ele passou a se chamar Abraão que quer dizer Pai das multidões (Gn 17,5).
Jacó filho de Isaac: seu nome tem origem Jacó, mas, como lutou com um personagem misterioso no vale do Jaboc e saiu vencedor, o mesmo personagem mudou-lhe o nome para Israel que quer dizer: Deus é forte ou ele luta com Deus (Gn 32, 25-30). Este nome passou para a descendência como POVO DE ISRAEL ou povo de Deus. Jacó teve doze filhos os quais formaram as doze tribos de Israel.
No tempo de Jesus também tivemos alguns casos de mudança de nome nestas condições, Pedro cujo nome dado pela família era Simão, (Mt 10,2) teve seu nome mudado para Kefâ (que quer dizer "pedra", nome mais próximo para se chamar Pedro) depois que Jesus o chamou para ser apóstolo e passou a ser a pedra-base da Igreja (Jô 1,42).
Podemos encontrar vários nomes que tem o mesmo significado de "Povo de Deus": Povo de Israel (Jacó), povo hebreu (Heber), povo judeu (Judá), povo eleito.
A partir do cativeiro da Babilônia, fato ocorrido entre os anos 587 até 538 a.C., a prática religiosa dos judeus passou a chamar-se Judaísmo. Os Israelitas tiveram em Abraão esse extraordinário Patriarca, chamado “Pai do povo de Deus.” Abraão habitava a região dos confins do deserto da Síria, por volta dos anos 1850 a.C. e por volta do ano 1800, atendendo o chamado de Deus, desceu para Palestina. Obs.: quando lermos na bíblia sobre estes nomes acima citados, devemos lembrar que se trata do mesmo povo de Deus, que o antigo testamento se refere.
A “ALIAÇA”
Quando falamos dos livros da Bíblia, nós lembramos que ela se divide em novo e antigo testamento, esta palavra tem o mesmo sentido de Aliança, podemos dizer também antiga e nova aliança. Na verdade, a Bíblia gira em torno da aliança de Deus com os homens. Ao fazer as alianças, Deus sempre usou de intermediários, como Noé, Abraão, Moises, etc. Só que as alianças não eram feitas apenas com tais pessoas, mas com todo o povo de Deus.
O que significa Aliança na Bíblia Sagrada: é um contrato muito especial, é um pacto de amor entre as pessoas – um compromisso de fidelidade entre Deus e os homens.
Essa aliança foi sempre selada com um sinal visível. É mais ou menos como o casamento, a verdadeira aliança é feita no coração, ou seja, invisível, mas é compromisso de amor e fidelidade para sempre, mas para tornar público esse compromisso eles expressam seu amor em palavras perante a comunidade, e além disso, usam um sinal externo que é uma aliança de metal, que serve para lembrar sempre o compromisso de amor.
Assim acontece também na aliança com Deus e os homens, existe sempre um sinal externo que vem selar esta aliança. Por exemplo: com Noé , ele ofereceu um sacrifício ao Senhor sobre o altar. Então Deus disse a Noé e seus filhos: “vou fazer uma aliança convosco e com a vossa posteridade. Ponho o meu arco sobre as nuvens e ele será o sinal da aliança que faço Entre mim e a terra” (Gn 9,9.13). Em Gn 15,1-18, a aliança foi feita com Abraão, o sinal foi através de carne das vítimas. Com Moisés, a aliança ficou gravada na pedra da lei, se chamou "Decálogo", e é uma palavra que significa dez sentenças. Assim se chamou porque era constituído de dez mandamentos. Esses preceitos foram ditados por Deus a Moises no Monte Sinai. A aliança gravada na pedra teve também uma espécie de selo com sangue de animais. Os israelitas ofereceram a Deus um sacrifício de bois. Moises derramou metade do sangue sobre o altar e outra metade um uma vasilha, em seguida apresentou o Decálogo ao povo e o leu publicamente. O povo respondeu: “ Nós faremos tudo o que o Senhor disse e seremos obedientes”, então Moises tomou o sangue e aspergiu o povo, dizendo: “eis o sangue da aliança que o Senhor fez conosco, conforme tudo o que foi dito”.
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