PARÁBOLAS E ENSINOS DE
JESUS
(Aprenda como se
beneficiar destes conhecimentos)
INTRODUÇÃO
O QUE SÃO PARÁBOLAS?
São narrativas de fatos
comuns, alegorias, histórias que nelas estão ocultas umas realidades ou
ensinamentos importantes. É para a pessoa parar, pensar e comparar com alguma
situação vivida por ela, deve até pensar: o que ele quis me dizer com estas
palavras? Pois nas parábolas vem sempre um
ensinamento e uma doutrina moral, para entender, temos que buscar na
figura ou alegoria comparada por Jesus, a ideia espiritual com base neste pano
de fundo, por exemplo quando Jesus fala de ovelha, não está falando do bicho,
está falando de nós filhos de Deus, fala do campo, ele está se referindo ao
mundo em que vivemos. Temos que estar com o coração preparado e querer entender
seus ensinamentos, quando seus discípulos perguntam a Jesus porque ele fala em
parábolas? (Mt 11-12) ele responde: a vós é dado conhecer os mistérios do
reino, mas a eles que não querem entender, mas querem ouvir para criticar e me
incriminar, não é dado o conhecimento e até algum que eles tenham será
tirado. A bíblia se destina a nos ensinar o caminho da salvação, então expõe
muitas parábolas, narradas por Jesus, para nos ensinar. Em muitos casos os
discípulos pediam que Ele explicasse o significado da parábola e ele os
atendia. (Mc 4,34)
Jesus contou muitas
parábolas, mas para que possamos entender vamos dividi-las por assuntos.
1° Assunto:
Como deve ser comparado o Reino do Céu (ou Reino de Deus)
Muitos estudiosos dividem
em objetivo que significa: lugares felizes, mundos ditosos celestes e
divinos.
No sentido Subjetivo:
designa paz da consciência, paz interior, coração sereno e mente tranquila (neste
sentido entende-se que o Reino de Deus está dentro de nós).
Para entender bem as
parábolas devemos considerar que Jesus quer nos ensinar alguma coisa, pensar
bem nas palavras considerar os costumes da época, salientando a importância
prática daquele ensino em sua vida.
Para o melhor
entendimento, vamos dividir em cinco grupos:
“Como entender bem: localizar na bíblia ler,
depois consultar as explicações daqui”
1° O Reino de Deus
2° Desapego das riquezas
terrenas
3° A Valorização da Obras
terrenas
4° Sobre as falsas
aparências
5° Sobre vigilância,
prudência e valorização do trabalho.
1-
O grupo da série sobre o Reino de Deus
está composto das seguintes parábolas:
O Joio e o Trigo (Jesus
termina fazendo a explicação)
|
Mt 13, 24-30
|
Festa de Casamento
(bodas)
|
Mt 22, 01-14
|
O Tesouro Escondido
|
Mt 13, 44-46
|
O Grão de Mostarda
|
Mt 13, 31-32
|
Do Fermento
|
Lc 13, 33
|
O Credor Incompassivo
|
Lc 18, 23-35
|
O Reino dos Céus
|
Lc 13, 44-52
|
A Pérola/A Rede
|
Lc 13, 44-46
|
Do Joio e do Trigo,
Jesus contou esta parábola quando estava sentado as margens do mar da galileia
e uma numerosa multidão estava ali para ouvi-lo.
As pessoas ali sabiam os
danos que o joio (um mato que não serve para nada) faz para uma plantação de
trigo, em nosso modo de pensar, Jesus queria relacionar o joio com inveja,
rivalidade, desarmonia em nossa vida.
O tema desta parábola nos
mostra que na terra nos convivemos os bons, os maus, os justos, injustos etc,
mas um dia haverá a separação.
Na parábola percebemos que
Ele tem muito cuidado com o trigo (os bons) planejando como se livrar dos maus
(joio) e aproveitar o que é bom.
No final o próprio
Jesus explica que o campo é a humanidade, o que
semeia a boa semente é o filho do homem (Jesus), a boa semente são aqueles que
aceitam suas palavras, os inimigos dos homens são aqueles que só servem para
perturbar, atormentar a vida dos homens, são também aqueles que arrastam
pessoas para os vícios ruins, tais como bebida drogas etc.
Fim do mundo (colheita)
maus irão para o fogo eterno e os bons irão para a vida eterna (celeiro).
Deus permite que os maus
convivam com bons, para que tenham chance de regeneração, conversão, pois muitos
não conhecem a vontade de Deus, não tiveram chance de aprender sobre a vontade
de Deus, mas são seus filhos também.
FESTA DE CASAMENTO (BODAS)
- Mt 22
Jesus falando a multidão
que estava a seu lado, disse: o reino dos céus é semelhante a um rei que
preparou a festa para o casamento de seu filho.
Mandou empregados convidar
a todos, mas ninguém quis participar, e o rei furioso diz: a festa está preparada,
mas os convidados não são dignos.
O rei mandou chamar os que
encontrassem nas encruzilhadas, e a casa ficou cheia.
Quando o rei entrou no
salão da festa, viu um homem que não vestia o traje de festa então o rei o
tirou de lá e mandou joga-lo na escuridão, onde haverá choro e ranger de
dentes. E termina dizendo assim: muitos são os chamados, mas poucos os
escolhidos.
O rei simboliza – Deus,
criador
O banquete – o reino dos
céus
O filho é – Jesus
Os convidados somos todos
nós, principalmente os doutores da lei, os rabinos e sacerdotes, que não
aceitaram fazer parte do reino de Deus, ignoraram o convite porque tinham
outras preocupações que achavam mais importantes.
Para participar da festa
tem que vestir a roupa de festa, que é a aceitação do projeto de Deus que são
as boas obras, o amor ao próximo, a pureza etc.
O TESOURO ESCONDIDO (Mt
13, 44-46 e Mt 13, 31,32)
Por todos os tempos, o
homem procura tesouro para viver bem e se dar bem, esquece de perguntar de onde
eu vim, para onde vou? E deixa a busca da resposta para depois.
O tesouro escondido está
perto dele e como a felicidade, só depende dele mesmo para encontra-lo.
Quando o homem parte para
a vida espiritual, somente o se tesouro oculto o acompanha. Também assim sucede
em comparação com a pérola de maior valor, elas são raras, naturais e caras.
Para possuir a perola de maior valor, o homem vendeu tudo, para ficar com a
pérola de maior valor, que é aquela da serenidade do espirito, no verdadeiro
Reino do céu.
O GRÃO DE MOSTARDA E DO
FERMENTO (Mt 13, 31-32 e Lc 13, 18-19)
Mostram a valorização do
fenômeno do crescimento espiritual para merecer o Reino do Céu. Ao lançar a boa semente da mostarda em seu
coração, o homem inicia sua reforma interior.
Cultivando as primícias do
bem e do amor, semelhante a uma semente de mostarda, que é a menor semente das
hortaliças, plantada em seu coração cresce, seu espirito se eleva no campo das
virtudes santificantes, passando a merecer que as aves do céu, ou seja os
espíritos do Senhor sejam atraídos pelas suas novas qualidades e aumentando seu
progresso espiritual se aproxima cada vez mais do Criador.
Da mesma forma que uma
porção de fermento faz levedar toda a massa, o homem que abriga em seu coração
as primícias do bem e do amor, faz com que suas qualidades espirituais cresçam,
assim como o fermento, e possa chegar a ter as bênçãos do Criador, sendo assim
merecedor do reino do céu.
DO CREDOR INCOMPASSIVO - Mt
18,21-35
Jesus responde a Pedro que
perguntou, quantas vezes devo perdoar? Sete vezes sete que quer dizer sempre, e
contou esta parábola.
Devemos levar em conta que
naquele tempo, se o devedor não pudesse pagar, o credor podia força-lo a
trabalhar, prende-lo, tomar seu filho, mulher e vender como escravos para pegar
dinheiro e pagar a dívida.
A parábola mostra um servo
que devia para o Senhor uma grande quantia e não tinha como pagar então pediu
clemência para que o Senhor perdoasse a dívida, este vendo a difícil situação
do homem teve compaixão e perdoou.
Saindo, o homem que havia
sido perdoado encontrou um amigo que lhe devia uma pequena quantia e não tinha
como pagar, implorou o perdão da dívida, então ele agiu de forma violenta e
exigiu que o homem lhe pagasse, como ele não tinha como, lançou-o na prisão.
As pessoas que
presenciaram, foram até o Senhor e lhe contaram, o Senhor mandou chama-lo e
disse: servo impiedoso e sem coração, imediatamente entregou-o aos torturadores
até que ele pagasse tudo o que devia.
Jesus termina a
parábola dizendo: assim também meu Pai celestial vos
fará, se de coração não perdoardes cada um a seu irmão as suas ofensas.
A parábola põe em destaque
o ensinamento de que o homem deve perdoar aos que o ofendem, para que também
possa merecer o perdão de Deus com sua infinita bondade e misericórdia.
PARÁBOLAS SOBRE O REINO
DOS CÉUS - Mt 13,44-52
O objetivo de Jesus
foi ensinar que O Reino de Deus não é exterior, mas está dentro de cada um.
Então todo aquele que se
esforça para viver a verdadeira vida cristã, se convertendo e reformando o seu
íntimo, passa a assimilar o Reino de Deus e, portanto, vivenciá-lo.
Portanto o Reino do Céu é
semelhante a um tesouro escondido ou uma pérola de grande valor, símbolo
este que significa o homem que descobriu no seu íntimo como trilhar no caminho
do bem, sem vícios, egoísmo, preconceitos e desapegando dos bens terrenos para
merecer e possuir os bens celestiais.
A rede lançada ao mar,
que recolhe peixes de todas espécies, simboliza o próprio mundo, onde tem os
bons, médios, e maus os quais serão julgados segundo suas obras.
É claro que para ser
merecedor da salvação temos que trabalhar para ter boas qualidades com valores
imperecíveis e santificantes.
A expressão “assim será a
consumação dos séculos” equivale a dizer que assim será o fim do mundo velho e
o advento do mundo novo, onde a terra será um mundo de regeneração.
Concluindo, Jesus disse:
todo escriba instruído acerca do reino do céu, é semelhante a um pai de família
que tira do seu tesouro coisas novas e velhas, fazendo com que elas, como
verdadeiros tesouros se revertam em fatores que venham a impulsionar os seus filhos
no roteiro do aprimoramento espiritual, facilitando assim a conquista da
reforma interior definida por Jesus, que é a conquista pelo Reino dos Céus.
PARÁBOLAS SOBRE O DESAPEGO
AS RIQUEZAS TERRENAS
1)
ADMINISTRADOR INFIEL - Lc 16, 01-13
2)
O RICO INSENSATO - Lc 12, 15-21
3)
O FILHO PRÓDIGO - Lc 15, 11-32
4)
A VIÚVA OPRIMIDA - Lc 18, 01-08
5)
O RICO E O POBRE LAZARO - Lc 16, 19-31
O
ADMINISTRADOR INFIEL - Lc 16, 01-13
Continuando
a falar em parábolas, Jesus dizia aos apóstolos: um administrador percebendo
que ia ser despedido de seu emprego, resolveu agir desonestamente, para
garantir seu futuro.
Então
convocou os devedores do seu patrão e anotou suas dívidas, e colocou valores
menores, para que eles ficassem lhe devendo favor e quando ele fosse despedido
ficasse amparado, ter para onde ir e não ficaria desempregado.
Os
personagens desta parábola são: O patrão (Deus) as propriedades (o mundo) O
administrador (homem) os devedores beneficiados (o povo), então com o dinheiro
tirado do rico patrão, ele beneficiou os mais pobres (povo).
O
Senhor elogiou sua prudência que com o seu feito iniquo, operou como homem de
juízo e Jesus completa dizendo: os homens devem aplicar bem suas riquezas,
ainda que venham da iniquidade a fim de fazer amigos sem prejudicar o próximo.
Jesus
finaliza: ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro. “O reino
de Deus já chegou”, é preciso tomar atitude antes que seja tarde demais,
converter-se e viver conforme os ensinamentos de Jesus.
O
RICO INSENSATO - Lc 12, 15-21
Jesus
contou a multidão: Um lavrador rico teve uma grande produção, como não pensava
em ajudar ninguém, então começou a pensar como ia guardar tudo aquilo, pois não
cabia nos celeiros.
Pensou
em construir novos, e mais lugares para guardar e ficar apenas comendo e
bebendo o resto de sua vida.
Mas
Jesus diz que na mesma noite ele morreu, e de nada valeu ter tantos bens, ele
não levou nada.
A
Parábola mostra que na vida acumular muitos bens servem apenas para a vida na
terra, e não garante que seja longa.
“A
riqueza é para ser usada e não abusada” o desapego aos bens terrenos nos
auxiliam em nossa evolução pois somente os bens espirituais são duráveis e são
para a vida eterna.
A
riqueza sendo bem utilizada pode nos ajudar nos ajudar na construção do reino
de Deus, com a prática da caridade.
“Usando
uma parte para fazer bem ao próximo”.
O
cristão deve pensar, nas virtudes, na fraternidade, na sua evolução espiritual,
no amor ao próximo e no amor de Deus.
Temos
que entender que só Deus pode dar ao homem a maior riqueza que é a própria
vida.
O
FILHO PRÓDIGO - Lc 15, 11-32
Nesta parábola o Pai é
Deus, seus filhos simboliza os homens deste mundo, o filho mais moço, é
aquele que se entrega para uma vida desregrada, dissipando seus bens materiais
e espirituais.
O filho mais velho, é o
símbolo do egoísmo pois quer monopolizar a herança do Pai e o convívio também,
ele é impiedoso, e não reconhece o irmão como irmão.
O ensinamento desta
parábola é o retorno ao lar paterno, a confiança no amor do Pai, a conversão,
não importa o pecado cometido, o que importa é o arrependimento que é: “
aceitar o erro e não errar mais” e se reabilitar pelo amor do Pai.
O moço provou a lei da
causa e efeito (ação e reação) criou problemas para ele e sofreu as
consequências, como a causa era má, os efeitos foram dolorosos.
No plano espiritual é
respeitado o livre arbitre-o: todos podem fazer o que querem, pois, a semeadura
é livre, mas a colheita é obrigatória.
Deus Pela sua imensa
bondade espera que um dia você venha de coração convertido procura-lo para o
juízo final.
O irmão mais velho, não
viu no pródigo um irmão, mas apenas um pecador, que não tinha mais nada para
perder neste mundo e por isso não quis recebe-lo.
A VIÚVA OPRIMIDA - Lc 18,
01-08
Jesus conta essa parábola
para dizer que temos que ter fé que Deus sempre nos atende, não devemos
desanimar nem duvidar do seu socorro, que no tempo certo chega a todos, de
acordo com as necessidades e os méritos de cada um.
O juiz era iniquo e
maldoso e insensível aos direitos do próximo, mas como juiz tinha a obrigação
de fazer justiça amparando a viúva.
A viúva insistiu até ser
atendida. Ora se no mundo de pessoas boas e más, as iniquas atendem os
insistentes, mesmo que seja para se ver livre da importunação, como pode Deus
que é Pai de bondade infinita, deixar de atender os seus filhos que rogam dia e
noite?
E Jesus ensinou:
Pedi e vos será dado, buscai e achareis batei e a porta se abrirá – não devemos
nos comportar como o Juiz iniquo porque:
“Com o juízo que julgardes
sereis julgados” (Mt 7, 2).
O RICO E O POBRE LAZARO -
Lc 16, 19-31
Neste mundo tiveram
experiências diferentes um a pobreza sofrida e outro a riqueza luxuosa.
A parábola narra a
situação de dois seres humanos que passaram por O rico e o pobre Lázaro
simbolizam a humanidade sempre em disputa, o rico com suas más ações,
vivendo na luxúria e sendo insensível para os problemas ao seu redor no plano
terrestre, no plano espiritual ele iria sofrer, o pobre que sofreu muito no
mundo, no plano espiritual vai gozar muito porque o seu bom aprendizado de
humildade através da oportunidade da vida difícil que ele viveu.
Esta parábola só dá nome
ao pobre, Lázaro representa os excluídos da sociedade, que não devem ser
orgulhosos nem arrogantes.
O seio de Abraão
simboliza o mundo espiritual, ou céu. Abraão foi
patriarca dos judeus, era homem de fé temente a Deus e justo.
“Hades”
na parábola simboliza regiões infernais na Mitologia Grega, correspondia ao
Tártaro dos romanos, sendo também equivalente ao inferno que há um
entendimento que este não é um lugar e sim um estado de espírito.
ENSINAMENTOS:
ações e reação de causa e efeito, eles colheram o que plantaram.
Os bens não devem ser
utilizados egoisticamente na luxuria, mas também em benefício do próximo, ninguém
é dono da riqueza porque você não vai levar quando morrer, então o rico é
apenas usuário da riqueza enquanto estiver vivo.
O rico em consequência do
profundo sentimento de culpa da vida que ele levou na terra, então ele se sente
no inferno.
Abismo
entre as posições da vida espiritual dos dois, não é um abismo físico e sim
moral.
Lázaro triunfou em suas
provações na terra, alcançando um elevado estado de alma, caracterizado pela
felicidade interior, que o rico não podia ter e sim ter angustia, remorso e
sofrimento eterno.
A Valorização da Obras
terrenas (obras dos homens)
1-
Dos talentos e das Minas - Mt 25,14-30
2-
Dos dois filhos - Mt 21, 28-35
3-
Dos lavradores maus - Mc 12, 01-12
4-
Da figueira que secou e da figueira
estéril - Mt 21, 18-22 e Lc 13,6-9
Dos talentos – (Mt 25,14-30
e Lc 19, 11-27)
Estas parábolas contem
ensinamentos dos nossos deveres e direitos para valorizar a nossa obra
material, moral e espiritual.
Os personagens desta
parábola são: O Senhor é Deus, os servos são os
homens, ou seja: a humanidade, os talentos são bens, recursos e conhecimentos
materiais e espirituais que são oferecidos para usarem em benefício próprio ou
do próximo.
Como cada pessoa tem sua
capacidade diferenciada, o Senhor resolveu dar cinco talentos para um, dois
para o outro e um para o outro, para que pudessem trabalhar com eles, os que
receberam dois e cinco sendo um espírito mais adiantado pensaram logo em
aplicar, trabalhar para que rendesse alguma coisa, mas aquele que recebeu menos
e já era atrasado, raciocinou mal, buscou desculpas e foi indolente enterrou
seus talentos ou seja: nada produziu. E ele não quis aproveitar a oportunidade
que teve para progredir e fazer aumentar o pouco que possuía.
O Senhor chama sua
atenção mostrando que ele foi negligente por
não ter feito nada no sentido de multiplicar o talento procurando alguém que
pudesse ajudá-lo a dar um uso produtivo para aquele pequeno valor.
A parábola nos ensina
que, ao que tem lhe será dado, e para aquele que não tem, até o pouco que tem
lhe será tirado.
Significado desta
expressão: todo aquele que é diligente, esforçado, quer melhorar quer aprender
cada vez mais para ajudar no plano divino e espiritual, receberá mais a
proteção e o amparo para que possa aumentar suas virtudes e capacidade espiritual;
enquanto aquele que nada quer, não tem interesse, tem que tirar tudo dele
porque se sabe que ele não faz nada.
Obs. Deus nos deu muitos
talentos, tais como ler, escrever, conversar e outros, nós entendemos que temos
que partilhar?
PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS -
Mt 21, 28-35
Personagens da parábola: O
homem que tinha dois filhos, dono da vinha é a representação de Deus, a vinha é
o mundo, a humanidade é o campo onde o homem agirá para fazer as boas obras e
merecer a salvação.
Os dois filhos representam
duas espécies de homens: o que disse que ia trabalhar na vinha do senhor e não
foi, são aqueles que desprezam o chamado e fogem do cumprimento do dever;
simboliza também os devotos que não obras, os religiosos só de aparência, e com
isso sentem que já cumpriram suas obrigações com Deus.
O que disse que não ia,
mas foi, simboliza os que vivendo uma vida mundana, apenas para coisas
materiais, valorizando muito os prazeres da carne, mas acabam caindo em si, e
conscientes do verdadeiro significado da vida, arrependem-se, regeneram-se
Transformando-se em
obreiros da vinha do Senhor, tem o mérito da decisão corajosa.
Finalmente, o ensino dessa
parábola é que Pai não importa com a natureza dos erros e transgressões, mas o
arrependimento, a decisão de reforma íntima e o esforço para redimir-se Ele
espera de cada um de nós.
PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS - Mc 12, 01-12
A vinha ou seara
é a humanidade onde se dá a vida terrestre, o nosso laboratório e o dono é Deus, os lavradores são aqueles que devem
usufruir desta vinha cuidando dela e tirando seu sustento, aprendendo a aplicar
as leis de uso e de convivência, principalmente os sacerdotes e ministros de
várias religiões.
Os frutos são as boas
obras na vinha, os servos enviados são os missionários
e profetas, o filho herdeiro é Jesus, todos esses foram enviados e mortos pelos
moradores da vinha.
Deus pensou em tudo para
que o homem vivesse bem nesta vinha e como não foram dignos, o Senhor quando
voltar pedirá contas aos lavradores, de todos os erros cometidos e os
condenará.
PARÁBOLA DA FIGUEIRA QUE
SECOU - Mt 21, 18-22
Não é propriamente uma parábola,
mas foi um acontecimento, que encerra um grande ensinamento moral.
Jesus voltava do templo
onde havia feito muitas curas, e o sumo sacerdote com os escribas ficaram
indignados com Ele.
Voltando da cidade de
Betânia, Jesus sentou-se em baixo de uma árvore que deveria ter frutos, mas não
tinha, assim como o discípulo de Jesus, o que decidiu proceder como verdadeiro
obreiro que deve sempre produzir bons frutos (boas obras), seja qual for a
estação do ano, a hora e o lugar, deve estar sempre em condições seja que hora
for, para isso é necessário reeducar-se físico e espiritualmente para que não
suceda que na hora necessária não se encontre apto para prestar a cooperação
essencial.
Na realidade a religião dos
Judeus com seu corpo sacerdotal, são fanáticos, orgulhosos e egoístas era
idêntica a figueira, cheia de folhas, boa aparência, mas sem frutos esperados
por Deus.
Essa religião, não estava
apta a receber a mensagem cristã, por isso foi relegada à esterilização
(secando até a raiz).
O texto nos mostra uma
crítica aos religiosos da época, e conclui que a fé sem obra é morta.
DA FIGUEIRA ESTÉRIL - Lc
13, 6-9
Esta parábola tem o mesmo
objetivo da anterior onde entendemos que a fé sem obras é morta, e ninguém deve
ocupar lugar inutilmente na sociedade, assim como o agricultor pediu ao Senhor
para que de mais uma oportunidade para que a figueira possa dar frutos.
Mostra-nos a bondade e a
providência divina traduzida na paciência em aguardar que seja produzido o
fruto esperado.
Cuidar colocando mais
terra e adubo no pé da árvore, significa ajudar o pecador a se livrar das más
influências e companhias para que possa dar bons frutos e assim conseguir a
vida eterna.
PARÁBOLA DO SEMEADOR - Lc
8, 1-15
Esta parábola é explicada pelo próprio Jesus, ela esclarece as
diversas situações pelas quais o homem pode ou não aproveitar os ensinamentos
do evangelho.
A semente é palavra de
Deus a Boa nova, o semeador saiu para semear e sementes caíram ao longo do
caminho sem despertar interesse foi desperdiçada pelo ódio, falta de interesse,
motivação etc.
As que caíram em terreno
pedregoso são as palavras que até recebem com alegria, mas não servem para
nada, quem recebe é indiferente.
As sementes que caíram no
meio dos espinhos, são aqueles que ouvem e querem segui-la, mas qualquer
dificuldade vem o desânimo e preocupações materiais deixa tudo.
As que caíram em
terreno fértil, são os homens que participam da luta
para o bem, produzindo frutos agradáveis ao Senhor, produzindo novas sementes
de virtudes que serão semeadas por novos semeadores, podemos dizer que é aquele
que se dedica ao aprendizado da palavra e põe em prática.
PARÁBOLAS DE JESUS (Sobre
as aparências)
1)
A
CASA EDIFICADA SOBRE A ROCHA - Mt 7,24-27
2)
AS CANDEIAS - Mc 4, 1-25
3)
O BOM SAMARITANO - Lc 10, 30-37
4)
OS PRIMEIROS LUGARES À MESA - Lc 14,1 e
7-11
5)
O FARISEU E O PUBLICANO - Lc 18, 9-14
A CASA EDIFICADA SOBRE A
ROCHA - Mt 7, 24-27
Esta parábola mostra o
homem sensato e o insensato e Jesus está se referindo a edificação moral e
espiritual, onde o homem sensato se mantem em pé (constrói sobre a rocha) com
sua fé, bom ânimo, prudência e resignação.
O homem insensato apenas
aparenta ser bom, mas não é, vive de ilusões, sonhos e fantasias passageiras (constrói
na areia).
PARÁBOLAS DAS CANDEIAS -
Mc 04, 21-25
Jesus quer dizer que seus
ensinamentos sobre a libertação não são para ser abafada ou escondida, mas é
para se tornar conhecida e contagiar a todos. Quem colhe a Boa Nova, aprende a
ver e agir de acordo com a visão e a ação de Jesus.
A compreensão vai
aumentando à medida que age, quem não age perde até a pouca compreensão que
tem.
PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
- Lc 10, 30-37
Neste ensinamento Jesus
nos mostra o exercício da caridade imparcial, despretensiosa e sem qualquer
tipo de limitação.
A prática da caridade está
em fazer a nosso próximo aquilo que desejamos que nos seja feito.
Os samaritanos são pouco
considerados pelos judeus, neste caso cumpridor dos seus deveres e não se
limitou a se condoer do necessitado e sim, achegou-se a ele e o socorreu da
melhor forma possível, levando-o a um lugar de pouso, onde o assistiu e
recomendou ao hospedeiro prontificando-se a pagar todos os gastos.
A caridade ali dispensada
a um desconhecido, e quem a praticou não objetivou retribuição de espécie
alguma.
Esta parábola tem o mérito
de mostrar valorização do trabalho do samaritano, e evidenciar as falsas
aparências do sacerdote e do levita, os quais deviam ser os primeiros a prestar
socorro ao moribundo.
O mesmo acontece nos
nossos dias com tantas religiões, mas aqueles que se propõe a prestar ajuda aos
necessitados são muito poucos.
PARÁBOLA DOS PRIMEIROS
LUGARES À MESA - Lc 14,1 e 7-11
Jesus foi convidado para
uma refeição na casa de um importante fariseu, e notou como os convidados
escolhiam os primeiros lugares.
Diante disso Jesus ensina
que devemos aguardar para ser convidado a sentar em um determinado lugar e não
escolher os melhores lugares á mesa. Jesus conclui dizendo: todo aquele que
exalta será humilhado e todo aquele que se humilha será exaltado.
O homem não deve se perder
pelas falsas aparências nem deixar perder por elas. No grande banquete (na
comunhão espiritual) os primeiros lugares são reservados aos servidores que se
destacam pela moral elevada, modéstia, prudência e muitas virtudes da alma.
A humildade é a primeira
delas.
O bom cristão procura
esquivar-se do orgulho e da vaidade, frutos do egoísmo, que levam tantas
pessoas a se perderem por posições humanas ou privilégios da vida material, mas
devemos estar sempre prontos a servir por amor ao próximo e assimilar os
ensinamentos de Jesus.
Para o banquete do Senhor
somos todos chamados, mas para aceita-lo e preciso estar preparado. “Muitos
serão os chamados, mas poucos os escolhidos”. (Mt 22,14).
PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
- Lc 18, 9-14
Nesta parábola Jesus nos
ensina que as aparências se enganam, falando do fariseu que confiava em si
mesmo como se fosse justo, e desprezava o publicano que não cumpria deveres
tradicionais, segundo seu ponto de vista: jejum, dízimo etc.
O orgulho é sempre o
primogênito do egoísmo.
Nos ensinos de Jesus, a
humildade e o amor são pontos de partida.
O melhor aprendizado é
feito através de experiências práticas do bem, tendo como base o maior mandamento:
amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Os exemplos simples e
radicais das parábolas evidenciam que os títulos, as posições notórias e a
riqueza terrena, de nada significam quando enaltecidos indevidamente, ou quando
o homem se vale deles para vangloriar-se. Desta forma já recebeu sua recompensa
ou tributo à sua vaidade.
PARÁBOLAS DE JESUS (SOBRE
VIGILÂNCIA, PRUDÊNCIA E VALORIZAÇÃO DO TRABALHO)
1)
Das dez virgens - Mt
25, 1-13
2)
Do servo vigilante - Lc 12,35-48
3)
Da ovelha perdida e dracma
perdida - Lc 15, 3 -10
4)
Dos trabalhadores na vinha - Mt 20, 1-16
5)
Da torre inacabada (da previdência) - Lc 14,28-30
PARÁBOLA DA DEZ
VIRGENS - Mt 25, 01-13
O tema central da
parábola, é que não podemos deixar para se
converter no fim da vida, isto é, na hora da morte, mas devemos nos preparar
durante a vida para o julgamento final.
As dez virgens
representam a humanidade; as cinco prudentes
são as que aproveitaram a vida na terra para adquirir os bens imperecíveis que
são as virtudes, bom senso, amor ao próximo, estudo da palavra e trabalho. Os
cinco imprudentes são as que passaram a vida sem fazer nada de bom para
apresentar no fim da vida.
As candeias significam:
a luz interior, que é o resultado do conhecimento e do esclarecimento da alma.
O azeite significa
as virtudes que se deve adquirir, as boas obras que devem ser praticadas, são
delas que se originam a luz espiritual de cada um.
Jesus é o esposo da
humanidade. A chegada do esposo significa a
aceitação de Jesus como guia e mestre.
A pureza espiritual tem que
se associar a vigilância e a prudência.
A parábola das dez virgens
nos apresenta as prudentes recusando-se de repartir o azeite com os
imprudentes, significa que cada qual deve adquirir seu próprio
conhecimento através de esforço próprio.
Ninguém se redime apelando
para os méritos, qualidade e virtudes dos outros, cada um deve ter suas
próprias virtudes pois, o conhecimento, o amor e a caridade são próprios de
cada um e são intransferíveis.
O esposo chega
inesperadamente que significa; todos devem estar sempre preparados para o
chamado de Deus.
PARÁBOLA DOS TRABALHADORES
NA VINHA (OU TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA) - Mt 20, 01-16
Jesus disse aos apóstolos:
o reino dos céus é semelhante a um Pai de família que ao romper da manhã saiu
para contratar trabalhadores para sua vinha.
O pai de família da
parábola é Deus, os trabalhadores é a humanidade, a vinha é a seara de Jesus, o
salário recebido pelo trabalho é a bem-aventurança, espiritual.
O trabalhador mercenário,
trabalha só pelo dinheiro não se importando pelo trabalho, realizado, mas o
verdadeiro trabalhador trabalha com amor, faz bem feito.
Na parábola, pelo que se
percebe que não se faz questão de quantidade de horas trabalhadas ou de
quantidade de serviço, mas sim de qualidade e a permanência do obreiro
até o fim.
Os que trabalharam na
vinha desde cedo até a tarde, não mereceram maior salário que aqueles que
trabalharam uma hora.
Enfim, são muitos os que
trabalham, mas são poucos o que ajuntam conhecimentos que edificam suas vidas e
podem assim ser mais útil na vinha do Senhor.
O bom trabalhador é aquele
que faz bem feito com boa vontade independente do tempo, ou seja, das horas
trabalhadas.
Aos que reclamaram porque
trabalharam desde cedo e ganharam o mesmo que aqueles que trabalharam uma hora,
concluímos que a parábola os chama de invejosos, olhos maus que cuidam mais de
si próprio que da coletividade, egoístas veem sempre má, nas graças de Deus em
seus semelhantes e querem tudo para si.
Esta parábola incentiva a
ociosidade? Não porque os desocupados da praça lá estavam porque ninguém os
contratou.
O pagamento que o Senhor
fez não foi injusto, porque pagou o combinado.
Sabemos que o convite do
Pai soa para todos nós a qualquer hora e que cada um vai receber pela qualidade
do trabalho produzido e não pela quantidade de horas que ficou na vinha. Mesmo
o trabalhador diligente e devotado, mesmo sendo contratado na última hora, pode
realizar um trabalho mais nobre, que os outros trabalhadores que ficaram mais
tempo no local de trabalho.
Assim, os primeiros serão
os últimos e os últimos serão os primeiros na conquista dos valores espirituais.
Da torre inacabada (da
previdência) - Lc 14,28-30
Jesus disse à multidão: se
alguém vem a mim tem mais amor aos pais, aos filhos ou a própria vida do que a
mim, não pode ser meu discípulo.
Jesus conta essa parábola:
quem de vós antes de iniciar uma construção não senta e calcula quanto vai
gastar e se tem o suficiente para custear a obra até o fim, para que não fique
uma obra inacabada e possam critica-lo por começar e não poder terminar.
Significa que quem quiser
servir a Jesus, colocando-se a serviço da espiritualização da humanidade
deverá, em primeiro lugar, medir suas forças e verificar se tem vontade coragem
de lutar muito para fortalecer o espírito através de um estudo consciente do
evangelho, para depois usar estes conhecimentos na prática, para realizar as
tarefas que estejam a altura da sua capacidade a fim de conseguir bom êxito.
Depois então estará apto a
vencer as dificuldades que surgirem na caminhada, tais como: ser tachado de
fanático até por familiares que não tem o mesmo conhecimento e evolução
espiritual.
Enfim quem quiser trilhar
neste caminho deve estar bem preparado para não se perder, não desanimar porque
o trabalho é nobre e valioso.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTES SOBRE AS PARÁBOLAS
OBSERVAÇÃO IMPORTANTES SOBRE AS PARÁBOLAS
Algumas dicas úteis que o ajudarão a
entender melhor as parábolas. Esta é muito importante e bem simples:
procurar cada referência da escritura na sua própria Bíblia. Embora algumas das
principais escrituras sejam citadas, gostaríamos de incentivá-lo a fazer uma
pesquisa pessoal de cada passagem, examinando cada escritura dentro do seu
próprio contexto.
Nosso principal manual é a própria Bíblia. A cada citação básica da
Bíblia, nossos comentários normalmente incluem as referências adicionais apropriadas
da escritura. Encontrará uma forma mais profunda para
buscar e meditar sobre o sentido e o significado de cada referência bíblica.
Este estudo tem o objetivo de ajudar e a torná-lo mais hábil em seu estudo
pessoal, bem como levá-lo a mudar sua vida para melhor. Juntos,vamos embarcar em uma viagem de descobertas através da Bíblia.
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